Como saber se meu negócio vai sobreviver à pandemia?

A pandemia do novo coronavírus trouxe ao mundo do empreendedorismo um grande desafio. Com a mudança repentina dos consumidores, as empresas estão correndo contra o tempo para se reinventar e evitar a falência. Embora haja um pico para o COVID19, ainda há perspectivas para o isolamento e possivelmente para um controle do fluxo da população nas ruas. A perspectiva segundo alguns jornais é que uma vacina seja distribuída no mínimo ainda em um ano e o comércio não pode esperar uma solução, não é? 

Mas é importante que os empreendedores mantenham a calma, cuidem das pessoas e não deixem de olhar para o próprio negócio e garantir a sobrevivência à pandemia.

O essencial

A primeiro coisa a ser feita e a mais básica é: cuidar de si mesmo e cuidar das pessoas. Colocar as pessoas em primeiro é essencial. Sua família, colaboradores, clientes e a comunidade como um todo. Entender que muitas pessoas estão com medo, preocupadas,  precisando de ajuda e tomar o posicionamento de ser assistente em meio a todo esse caos.

Portanto, como a sua empresa pode ajudar a comunidade nesse momento? O melhor marketing que grandes empresas estão fazendo por exemplo é mudar toda sua linha de produção para distribuir máscaras e àlcool em gel 70%.

As pessoas alimentam uma ideia sobre o coronavírus e podem criar pânico. Como você pode ajudar a comunidade a criar uma ideia positiva a fim de passar por esse período crítico?
 

O cenário pós-coronavírus

Sem dúvidas mesmo que o comércio normalize, o coronavírus já mudou o mundo e a vida de milhões de pessoas. Trouxe impacto para a população, a ciência, empresas e na forma de pensar. Nós não voltaremos mais para o mesmo Mundo.

Segundo alguns jornais, uma vacina para o COVID19 não deve chegar a ser distribuída integralmente antes de um ano, ou seja, tal solução que seria a mais provável para que a sociedade volte à rotina ainda pode demorar e um ano é tempo suficiente para que a população mude sua forma de se relacionar para sobreviver à crise e evitar processo de falência.

Empresas que antes nem cogitavam oferecer serviço de delivery, viram-se em frente ao desafio de se reinventar como da noite para o dia para atender aos clientes. 

Haviam empresas que não abriam mão de ter seus colaboradores por perto dentro de um escritório, agora precisam funcionar em regime de home office por conferências online.

O fato é que após o período de choque, a sociedade começa a barganhar a fim de adaptar-se à situação. Quem sai da fase de choque e começa a agir mais cedo, sai em frente ao novo cenário comercial. É preciso estar lúcido e não em estado de congelamento, e agir.

Mudanças na demanda

Algumas coisas ficam claras: há demandas que vão aumentar e outras que vão diminuir. 

Indústrias vão colapsar e outras vão ter um crescimento exponencial. O turismo por exemplo é um setor que vai precisar ainda de um pouco mais de tempo para se adequar até que tenha uma perspectiva mais clara de quando as pessoas vão poder voltar a circular. 

Já a indústria da saúde vai ter um crescimento nunca antes esperado para a fabricação de materiais como a fabricação de máscaras, equipamentos, àlcool 70%, remédios e profissionais. 

Outras indústrias que sempre tiveram um mercado aquecido, como o setor da alimentação, precisam se reinventar na forma de atender aos clientes, e a concorrência pode ser maior.

Pode haver um achatamento na forma de se diferenciar: restaurantes que não ofereciam delivery agora precisam oferecer, entrando em concorrência aos que já estavam no nos apps de entrega por exemplo.

Outras áreas como a da saúde mental vão maximizar os canais de atendimento, principalmente online. 

Agora ficou difícil prever o futuro, pois o comportamento das pessoas mudou a abruptamente. Vai exigir bastante criatividade para criar seu diferencial e se destacar no meio de comunicação mais provável para esse período: a internet.

Onde a sua empresa se encontra entre esses dois extremos: as empresas que vão colapsar ou as que vão ter alta demanda?

Há 66 milhões de anos, a Terra passou por uma de suas maiores crises: a famosa queda de um asteróide que dizimou os dinossauros e 93% das espécies de mamíferos que existiam na época. 

Embora o planeta tivesse ficado anos sob uma cortina de poeira e fumaça que matou as plantas, quase que por mistério do Universo, muitos animais pequenos e que podiam se esconder na terra e algumas aves continuaram sua evolução e se recuperaram rapidamente.

Com essa analogia, são possíveis três cenários: algumas empresas, assim como os dinossauros, vão ser extintas por pertencerem a um grupo onde pode haver baixa demanda até que se reinvente no novo cenário, mas há empresas que vão hibernar e outras que vão ter crescimento radical.

Dentro desse contexto, o que você já sabe sobre esses cenários? O que você sabe mas tem alguns pontos que não estão claros? O que você não sabe e está sem previsão de saber? Tenha isso claro em mente.

Você já deve ter ouvido falar que na língua japonesa a palavra “crise” é formada por dois ideogramas: o medo e a oportunidade. Portanto, a palavra crise nos traz a lição de que é um momento de alerta porém é uma oportunidade para crescer.

Em suma, tais questionamentos já ajudam a “pôr a cabeça no lugar” e começar a agir pelo seu negócio. Entender aonde sua empresa está na escala da sobrevivência, ter inteligência quanto a demandas no momento que não estão sendo vistas e observar o mercado e seus concorrentes é o que pode definir a sobrevivência do seu negócio.

Passar por essa crise vai exigir criatividade, mas assim como algumas espécies, que ainda pequenas sobreviveram e dominaram o mundo, sua empresa ainda que pequena, pode sim encontrar a fórmula para passar por esse período de poeira e escuridão.

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Referências:
Marketing post coronavirus: practical to dos for marketers
Recursos para ajudar seu pequeno negócio a atravessar tempos de crise
Coronavírus: quanto tempo deve demorar até a gente ter uma vacina?